Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na , na castidade. (1 Tm 4, 12)

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quarta-feira, 23 de março de 2011

Mitos Litúrgicos - O que posso fazer na Missa?

"Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da Salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si". (2 Tim 4,3)

          Ao longo da história da Igreja uma doutrina muito sólida foi construída para vivermos a fé de forma perfeita. Porém, principalmente nos últimos anos, os ritos da Santa Igreja Católica tem sido deturpados, e muitos querem viver a fé como bem entendem. Crêem que, tendo no coração uma devoção para com Deus, tudo vale! Não se preocupam com a solenidade de uma Santa Missa, por exemplo. Acrescentam, sem aprovação eclesiástica, momentos de louvor, músicas estridentes, músicas em momentos em que não se é permitido. Em contrapartida retiram ritos solenes, como a genuflexão ao comungar, ou o silêncio pós-comunhão. Eis que postarei aqui no blog diversos “MITOS LITÚRGICOS”, uma explicação fundamentada em documentos da Santa Igreja do que pode e do que não se deve fazer no Santo Sacrifício da Missa. É um estudo feito por Francisco Dockhorn, do site www.reinodavirgem.com.br, e com aprovação eclesiástica, texto revisado por Dom Antonio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen - RS. Postarei aos poucos, dois ou três mitos por vez (ao todo são 32), para que você possa compreender e viver o verdadeiro valor de uma Missa Católica, e não se perca por falta de conhecimento (cf. Os 4,6). Lembro-te que o Mistério bem vivido é fonte de muitas graças na vida do cristão, e é OBEDIÊNCIA à voz da Santa Igreja Católica. Bom estudo!

Anderson Luiz da Silva
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Mito 1: “A Presença de Jesus na Palavra é tão completa como na Eucaristia”
Não é.

Ensina-nos o Sagrado Magistério da Santa Igreja Católica Apostólica Romana que Nosso Senhor Jesus Cristo está presente verdadeiramente e substancialmente no Santíssimo Sacramento do Altar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade, nas aparências do pão e do vinho, como afirma o Catecismo da Igreja Católica (Cat.), nos números 1374-1377.
E por na Hóstia Consagrada Nosso Senhor está presente de maneira substancial, o Papa Paulo VI afirma (Encíclica Mysterium Fidei, n. 40-41, de 1965) a supremacia da Presença Eucarística de Nosso Senhor sobre as demais formas de presença:
“Estas várias maneiras de presença enchem o espírito de assombro e levam-nos a contemplar o Mistério da Igreja. Outra é, contudo, e verdadeiramente sublime, a presença de Cristo na sua Igreja pelo Sacramento da Eucaristia. Por causa dela, é este Sacramento, comparado com os outros, “mais suave para a devoção, mais belo para a inteligência, mais santo pelo que encerra”; contém, de fato, o próprio Cristo e é “como que a perfeição da vida espiritual e o fim de todos os Sacramentos”. Esta presença chama-se “real”, não por exclusão como se as outras não fossem “reais”, mas por antonomásia porque é substancial, quer dizer, por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus e homem.”
Também o próprio Concílio Vaticano II, na Constituição Sacrosanctum Concilium (n.7), afirma esta supremacia da Presença Eucarística: “Para realizar tão grande obra, Cristo está sempre presente na sua igreja, especialmente nas ações litúrgicas. Está presente no sacrifício da Missa, quer na pessoa do ministro – «O que se oferece agora pelo ministério sacerdotal é o mesmo que se ofereceu na Cruz» – quer e SOBRETUDO sob as espécies eucarísticas.”
Afirmar que a presença de Nosso Senhor na Palavra é tão completa como na Hóstia consagrada significa uma dessas duas coisas: afirmar que Nosso Senhor se transubstancia na Palavra (aí fazemos o que, comemos a Bíblia e o Lecionário?), ou negar a Presença Substancial de Nosso Senhor na Hóstia Consagrada, o que atenta conta o Mistério central da fé católica, pois a Eucaristia é “fonte e ápice da vida cristã” (Lumen Gentium, n.11)

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