Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na , na castidade. (1 Tm 4, 12)

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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

São Domingos Sávio

São Domingos Sávio nasceu em Riva de Chieri, na Itália, em 2 de abril de 1842. Filho de pessoas simples – um ferreiro e uma costureira. Desde pequeno foi dotado “de uma índole doce e de um coração formado para a piedade” e aprendeu com facilidade as orações da manhã e da noite, ao passo que já rezava quando tinha apenas quatro anos.
Chegado o tempo de aprender as primeiras letras, “como estava dotado de muito engenho, e era muito diligente no cumprimento de seus deveres, fez em breve tempo notáveis progressos nos estudos”.
Domingos confessava-se frequentemente. Tão logo soube distinguir entre “o pão celestial e o terreno”, fez a Primeira Comunhão. Tinha apenas sete anos – quando na época a idade mínima para tal era 12 anos. Pode-se perceber a maturidade do menino nos propósitos que deixou registrados nesse dia:
1o. Confessar-me-ei muito amiúde e receberei a Sagrada Comunhão sempre que o confessor me permita;
2o. Quero santificar os dias de festa;
3o. Meus amigos serão Jesus e Maria;
4o. Antes morrer que pecar.
Terminado o primário em Mondonio, para onde se havia mudado, Domingos tinha que ir até  Castelnuovo duas vezes por dia, ida e volta, o que representava uma caminhada de quase 20 quilômetros diários. Para um franzino menino de 10 anos, era um esforço grande, mas, movido pelo desejo de estudar para abraçar o sacerdócio, fazia-o alegremente.
Em 1854 Dom Bosco, fundados dos Salesianos, tomou conhecimento da existência de Domingos Sávio, que contava 12 anos. Ele assim o descreve: “Era Domingos algo débil e delicado de compleição, de aspecto grave e ao mesmo tempo doce, com um não sei o quê de agradável seriedade. Era afável e de aprazível condição, de humor sempre igual. Guardava constantemente na classe e fora dela, na igreja e em todas partes, tal compostura, que o mestre sentia a mais agradável impressão somente com o vê-lo e falar-lhe”.
Conhecendo melhor o novo discípulo ao longo dos anos, afirmou ainda sobre ele Dom Bosco: “Todas as virtudes que vimos brotar e crescer nele, nas diversas etapas de sua vida, aumentaram sempre maravilhosamente e cresceram juntas, sem que uma o fizesse em detrimento de outra”. Era impressionante ver a seriedade com que cumpria com os menores deveres. “No ordinário, começou a fazer-se extraordinário. [...] Aqui teve começo aquela vida exemplaríssima, aquele contínuo progresso de virtude em virtude, e aquela exatidão no cumprimento de seus deveres, que dificilmente se pode avantajar”.
Notável era sua maturidade na fé e no amor a Deus, à Eucaristia e à Virgem Maria. No dia 8 de dezembro de 1854, ano da proclamação do dogma da Imaculada Conceição pelo Bem-aventurado Papa Pio IX, ante o altar da Virgem, ele renovou seus propósitos da Primeira Comunhão e fez esta oração: “Maria, eu vos dou meu coração; fazei com que seja vosso. Jesus e Maria, sede sempre meus amigos; mas, por vosso amor, fazei com que eu morra mil vezes antes que tenha a desgraça de cometer um só pecado”. Esse horror ao pecado era muito vivo em Domingos, que costumava dizer: “Quero declarar guerra de morte ao pecado mortal”.
Mas não era só  ao pecado mortal. Dizia: “Quero pedir muito, muito, à Santíssima Virgem e ao Senhor que me mandem antes a morte que deixar-me cair em um pecado venial contra a modéstia”.
Seis meses após sua entrada no Oratório, o pequeno Domingos manifestou a Dom Bosco o seu ardente desejo de ser santo dizendo: “Quero dizer-vos que sinto um desejo e uma necessidade de fazer-me santo. Nunca teria imaginado que alguém pode chegar a ser santo com tanta facilidade; mas agora que vi que alguém pode muito bem chegar a ser santo estando sempre alegre, quero absolutamente e tenho absoluta necessidade de ser santo”.
Procedendo como experimentado diretor espiritual, Dom Bosco relata: “A primeira coisa que lhe aconselhei, para chegar a ser santo, foi que trabalhasse em ganhar almas para Deus, pois não há coisa mais santa nesta vida do que cooperar com Deus na salvação das almas, pelas quais Jesus Cristo derramou até a última gota de seu Preciocíssimo Sangue”.
Domingos transformou esse conselho em programa de vida, tornou-se um batalhador. “Não deixava passar ocasião de dar bons conselhos e avisar a quem dissesse ou fizesse coisa contrária à santa lei de Deus”.
Esse pequenino de Deus veio a adoecer voltando assim para sua casa para ficar sob os cuidados de seu pai. Sentindo que chegara a sua hora disse ao pai: “Querido pai, chegou a hora. Pegue no jovem cristão (livro de orações) e leia a ladainha da boa morte… “. Domingos repetia com voz clara e distinta todas as palavras… Pareceu conciliar o sono. Pouco depois despertando disse: “Adeus, pai, adeus! Oh! Que coisas tão lindas estou vendo!” E morreu tranquilamente, aos 15 anos de idade.

Oh admirável São Domingos Sávio que o seu testemunho de vida nos encoraje e nos fortaleça para que também nós gritemos ao mundo que é possível ser santo mesmo em nossa juventude!

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