Ninguém te despreze por seres jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na , na castidade. (1 Tm 4, 12)

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

São Casimiro,

São Casimiro, um príncipe a serviço do Grande Rei
São Cassimiro é  um exemplo de que nenhum ambiente é adverso à vivência da fé, mas que em todo meio social é possível ouvir o chamado da graça e correspoder-lhe integralmente. Casimiro praticou as virtudes heróicas numa corte de ambiente renascentista, ambiente de luxo, de vaidades e de todas as concupiscências.
Seus pais eram Casimiro III, rei da Polônia, e Elisabete d’Ausburgo, filha do Imperador Alberto III. Nasceu em 1458, com o título de grã-duque da Lituânia, sua terra natal. Seu nome “Casimiro” era muito usado pela nobreza polonesa, pois significava “grande no comandar”. Sua mãe foi chamada a mãe dos reis, pois teve treze filhos, todos cingidos com coroa real, com exceção de Casimiro.
O jovem príncipe, criança ainda, dedicou-se à prática da mortificação e piedade. O seu espírito era de tal forma unido a Deus que do seu rosto irradiava uma grande paz a todos à sua volta. Amava profundamente a Igreja e era devoto da Paixão de Jesus Cristo e da Santíssima Virgem, para quem compôs hino que recitava e cantava frequentemente, pedindo que fosse colocado uma cópia dele junto ao seu túmulo
A rainha-mãe confiou a educação de Casimiro a um cônego da Cracóvia, que viria a ser mais tarde arcebispo daquela cidade. O jovenzinho aproveitou ao máximo da direção espiritual do cônego, cultivando sempre com mais ardor a piedade que sua mãe lhe incutira na alma desde a infância. O jovem Casimiro transformou-se num asceta, talvez demasiadamente asceta, para sua tenra idade, prejudicando em parte sua saúde.
O príncipe Casimiro tinha direito ao trono da Hungria. E, quando completou 13 anos, os húngaros descontentes com seu rei Matias, quiserem levar o santo ao trono de seu país. Casimiro seguiu à frente de um exército para a Hungria para sustentar os direitos dessa eleição. Mas, na fronteira deste país soube que o rei húngaro reconquistara a estima de seus filhos.
São Casimiro voltou atrás e, para não aumentar o desgosto de seu pai que planejara aquele empreendimento, retirou-se para o castelo de Dobsq durante três meses. Ao fim desse tempo voltou ao palácio real onde a paz já reinava. Depois desta amarga experiência, Casimiro preferiu a renúncia a todo o desejo de domínio, assim como tinha renunciado aos prazeres e confortos da vida da corte. Sentindo o apelo de Cristo, optou pela vida celibatária.
Com 17 anos, a Casimiro foi delegada a função de ajudar seu pai nass tarefas do Governo, sobretudo na regência da Lituânia, da qual conservara o título de grão-duque. Atuou com retidão e sábia prudência. Conquistou o afeto do súditos que ficaram encantados com sua  “fascinante personalidade” e pela graça espiritual que dele emanava. Casimiro, contudo, tinha interesse mais profundo em sua santificação própria.
Tendo sido acometido de tuberculose, recebeu a indicação médica de que se casasse, pois o casamento poderia lhe restituir a saúde. O príncipe, no entanto, preferiu permanecer fiel a seu voto de castidade. De fato, pouco tempo depois faleceu, aos 26 anos de idade. Foi sepultado em Wilma, capital da Lituânia.
A fama de santidade deste jovem príncipe percorreu rapidamente o mundo, mais veloz do que a potência dos reis contemporâneos.
Foi canonizado pelo Papa Leão X em menos de quarenta anos após sua morte, tempo bastante curto para os padrões da época. Depois de sua morte, foi proclamado padroeiro da juventude lituana e considerado um símbolo do credo católico da Polônia Cristã.
Passados 120 anos de seu enterro, o túmulo de São Casimiro foi aberto e o seu corpo estava intacto. Nem sequer suas vestes de realeza haviam sido deterioradas e, sobre seu peito foi encontrado hino que havia redigido à Santíssima Virgem.

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